Eurobonds e Global Bonds: como funcionam os títulos públicos pelo mundo

Ao ler a palavra “eurobonds” do título, você imaginou que se tratassem de títulos públicos emitidos pela União Europeia? Muita gente pensa isso, erroneamente. Na verdade, as Eurobonds são títulos de dívida emitidos em uma moeda diferente da moeda do emissor. Sendo assim, existem diversos tipos de Eurobonds, como alguns dos exemplos abaixo:

  • Eurodollars: emitidos em dólar, a moeda americana
  • Samurai bonds: emitidos em yen, a moeda japonesa
  • Bulldog bonds: emitidos em libra esterlina, a moeda britânica

O principal motivo de uma empresa emitir Eurobonds é a vantagem de atrelar a dívida da empresa a uma moeda estrangeira, em especial aquelas que vendem para o exterior (as exportadoras). Isso tudo porque as exportadoras possuem sua receita em dólar, então nada melhor do que equilibrar seus custos a essa mesma moeda. Dessa forma, se o dólar cair em relação ao real, ou vice-versa, a empresa sofre menos prejuízos, já que o valor do real é muito volátil em relação à moeda americana.

Outro motivo que leva os investidores a optarem pelas Eurobonds é a consistência do dólar. É preferível que os investimentos estejam baseados em uma moeda mais forte, como a moeda americana. Além disso, há uma menor burocracia lá fora. Por exemplo, as empresas brasileiras podem emitir um título aqui dentro denominado em dólares, sem precisar da regularização de uma empresa norte-americana, desde que possua uma conta em corretora de valores brasileira.

Outros fatores que motivam os investidores são um valor mínimo mais reduzido para compra, maior liquidez dos ativos e a diversificação do investimento em moedas estrangeiras.

Global bonds: o que são?

Global Bonds é o nome que as transações pelo mundo recebem. Com a globalização cada vez mais avançada, o mercado financeiro permite que os investidores comprem e vendam seus ativos pelo mundo, em diversas moedas.

As Global Bonds, mais especificamente, são os títulos da dívida externa, negociados apenas internacionalmente. Além disso, outra característica é que, no momento da compra, o investidor já sabe quando ele vai receber esse investimento, sendo que o pagamento é feito com o valor do título somado ao juros arrecadado até a data de vencimento. O Tesouro Direto permite que a compra seja feita diretamente do site deles, ou através de uma corretora.

Outro ponto importante é que o risco das Global Bonds é considerado moderado, dependendo de 3 fatores:

  1. Valor do juros pago pelo título
  2. Desempenho dos títulos no exterior 
  3. Câmbio entre a moeda estrangeira e a moeda nacional 

Aqui no Brasil, os investidores de Global Bonds estão sujeitos a pagar duas tributações, o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e o IR (Imposto de Renda), sendo que o IOF só é cobrado quando o investidor saca o dinheiro antes dos 30 dias, já que esse imposto segue uma tabela progressiva até uma alíquota de 0% após um mês.

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Fontes: Suno Research e Ynvestimentos

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