Entre os dias 10 e 14 de dezembro de 2018, o Banco Central do Brasil realizou as pesquisas para o 50º Boletim Focus de 2018. Esse Boletim é publicado semanalmente com as previsões de 100 (cem) analistas financeiros sobre diversos aspectos e indicativos da economia brasileira e sua situação.
Com essa última análise do ano, confira as projeções futuras e o que podemos esperar de 2019.
Inflação
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Esse sistema de metas existe há quase 20 anos e, anualmente, o CMN determina qual é o valor adequado para a variação de preços.
A meta de inflação dá maior segurança ao mercado sobre como a economia vai se comportar durante o ano todo. Isso impede que a inflação suba demais ou abaixe demais bruscamente, prejudicando os negócios e toda a economia do país.
Para alcançar essa meta, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), que é o que aumenta ou diminui o valor de imposto em cima do produto que o consumidor irá pagar para o Governo. Então você já deve ter percebido que a inflação alta é sinônimo de preço alto.
Para 2019, os economistas das instituições financeiras estimam o aumento da inflação de 4,18% para 4,20%. O intervalo do sistema de metas vai variar de 2,75% a 5,75% e a meta central, ou seja, o valor ideal para o CMN é que se mantenha a 4,25%.
PIB (Produto Interno Bruto)
“O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia“. Ou seja, quanto maior o valor do PIB naquele ano, mais o país produziu, vendeu e adquiriu. E, quanto mais o PIB cresce, mais a economia está alavancada e em bons caminhos.
Para 2019, os economistas não estão esperançosos e apostam suas estimativas de que o PIB continuará em 2,5%. Essa mesma estimativa também vale para 2020 e 2021. Em 2018 o valor ficou em 1,35%.
No fim de novembro de 2018, o IBGE calculou que o PIB do país cresceu 0,2% durante o 2º trimestre do ano, valor comparado com os três meses anteriores. Esse pequeno crescimento foi devido ao setor terciário (de serviços), que foi pressionado com a queda da indústria (setor secundário).
Taxa de Juros – Selic
A Selic em 2018 se manteve estável em torno de 6,5% ao ano. Para esse ano de 2019, os especialistas deduzem 8%. Assim, os analistas continuam prevendo o aumento e a alta taxa dos juros.
Entretanto, o aumento dessa taxa pode ser gradativo e sem choques para o bolso dos brasileiros. Como? Se a economia se recuperar de maneira forte e estável, o Banco Central poderá subir a taxa básica de juros sem nenhum problema, pois a inflação terá diminuído.
Já deu pra entender que essa taxa está vinculada diretamente com os outros fatores que determinam a economia do Brasil, né? Ela determina o valor de diversas outras taxas.
Dolár
Aqui, os analistas projetam para o fim de 2019 o valor de R$3,83 por dólar. Esse valor não deve variar muito durante o ano todo, mas abaixará em comparação a 2018, que fechou em torno de R$3,89.
Como o valor do dólar muda diversas vezes por dia, sua estimativa também pode variar, mas o valor não costuma ter uma variação muito grande em pouco período de tempo, devido à certa estabilidade do mercado. Então, podemos confiar nas projeções para essa taxa de câmbio.
Balança Comercial
A balança comercial é o valor do resultado da subtração das exportações menos as importações (E – I = BC). A exportações representam aquilo que foi vendido e as importações, aquilo que foi comprado. Sendo assim, quanto maior esse valor, mais lucro o país obteve com a compra e venda de produtos no mercado estrangeiro.
Para 2019, a estimativa dos especialistas do mercado abaixou de US$ 47 bilhões para US$ 45,6 bilhões, valor bem menor do que a projeção para 2018, que era de US$ 54,6 bilhões.
Investimento Estrangeiro
A previsão para a entrada de investimentos estrangeiros em 2019 aumentou. A estimativa dos especialistas subiu de 75,3 bilhões e agora fica em US$ 75,65 bilhões. Em 2018, esse valor foi quase 10 bilhões de dólares a menos, permanecendo em US$ 67 bilhões. As empresas podem se alegrar, pois os investidores apostarão mais no país!
E aí, o que achou das previsões para o mercado financeiro e para a economia do Brasil em 2019?
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