As finanças comportamentais compõem um estudo que visa compreender o comportamento dos indivíduos diante de uma cerca decisão financeira. Ou seja, porque o investidor não comprou aquela ação? Ou então, por que ele investiu nessa área específica? Hoje, vamos entender melhor como funciona a cabeça do investidor.
Vamos explicar os tipos de heurísticas que envolvem a decisão do investidor, de acordo com as finanças comportamentais. Heurística parece uma palavra complicada, mas seu entendimento é bem simples. É um método que possui o objetivo de encontrar soluções para uma ação. Isto é, explicar porque certa ação foi tomada. Elas servem para tornar a decisão mais fácil e mais rápida, com base em uma outra explicação lógica. Existem 3 tipos de heurística, vamos entendê-las na prática?
1 – Heurística da disponibilidade
Nessa heurística, o investidor toma a decisão com base nas informações históricas que ele tem. Por exemplo, em 2016 passamos por uma crisa imobiliária, onde tivemos uma queda em relação a ações de incorporadoras, queda na venda de imóveis, e quando o investidor tem acesso a essa informação do “passado”, isto é “histórica”, que vem da experiência do investidor, ele adquire o poder de escolher se quer ou não investir no mundo imobiliário, segundo o histórico de crise recente. Essa informação pode influenciar na decisão de sim ou não para uma compra ou uma venda.
2- Heurística da representatividade
Essa heurística está ligada à formação de um estereótipo pelo investidor em escolher o investimento em cima de uma base histórica dele. Então, para contextualizar e entender melhor, suponha que um imvestidor tome a decisão de sim ou não em cima da rentabilidade positiva que um fundo de investimento teve no passado.
Mas, lembra que a gente estuda em Fundos de Investimento que a rentabilidade positiva do passado não garante rentabilidade positiva no futuro? Então, essa heurística dentro das finanças comportamentais mostra que sim, o investidor toma decisão levando em consideração a representatividade, pois é influenciado pelo pré-conceito que, nesse caso, é a boa desenvoltura do passado. Mesmo que o acontecimento anterior não seja garantia de nada, o pré conceito ainda influencia na cabeça e na decisão do investidor.
3 – Heurística da ancoragem
O interessante dessa heurística é que o termo “ancoragem” também é utilizado em outros estudos do mercado financeiro, como o de vendas, por exemplo.
Existe uma relação psicológica nesse termo em várias áreas. Essa heurística se baseia em valores subjetivos e pessoais para tomada de decisão. Esse apego à valores pessoais pode gerar perda, pois o investidor acaba se apegando a alguns conceitos. Isso pode fazer com que ele mantenha investimentos não lucrativos, enquanto vende os investimentos com ganho. Lembre-se: essa tomada de decisão baseia-se nos valores subjetivos e crenças pessoais do investidor.
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